COINCIDÊNCIAS
Será que não gostas mais de mim?
Não sentes mais a minha falta?
Ninguém na rua te fará lembrar-me no andar?
Nos gestos, nos cabelos...em nada?
Meu Deus, tantas vezes imagino encontrar-te
Confundo-te tanto e, em tantas pessoas, todos os dias
No jeito meigo de olhar, no sorriso infantil
na fisionomia expressiva, no sotaque acentuado
Vejo-me sempre (re)encontrando contigo
Desperta ou adormecida, em meus sonhos ou devaneios
Todos os teus gestos guardo-os aqui, em minha mente
Teus sinais, conheço-os tão bem...
Tuas marcas, teus desejos, tuas vontades!
Ainda há pouco te reconheci em alguém que passava
E apressei o passo, mas quando me aproximei
Novamente me enganei...não eras tu!
A roupa era igual, o corpo tão parecido
A mesma estatura, o mesmo caminhar, mas...
Mais uma vez foi mera coincidência.
Será que também nunca me encontras por aí?
Nunca confundes alguém comigo? Será?
Não imaginas quantas vezes fecho os meus olhos
Para te ouvir, abraçar, beijar...
Quantas vezes, meu Deus, quantas!
E como machuca-me tanto, essas saudades de ti...
Será que não sentes falta dos meus abraços?
Das minhas carícias ousadas, dos nossos desejos?
O que será que ainda sentes?
Ainda me amas, ou já nem lembras mais de mim?
Guardo minhas esperanças para o amanhã
Qüaisquer pequenos detalhes, lembrança boa ou ruim
Tudo faz-me pressentir um novo encontro a nos unir
Pois esse meu amor por ti, na vida, nunca terá fim!