MENINA MULHER

Obrigaram a menina,

Como mulher pensar e agir,

Pouco se importando,

Que sua ação de tirano

A uma criança fosse ferir.

Como admirei sua fibra e raça

Numa luta sem igual,

Na sua vitória final

Libertou-se da couraça.

Couraça que te prendia,

Com cadeado e corrente,

De mãos dadas com a vida,

Sabendo que é muito querida,

Sente pena dessa gente.

Hoje jaz corrente e prisão,

Feliz como um passarinho,

Cercada de carinho,

Ainda toca seu violão.

Está feliz na cidade,

Pois sabe e tem certeza,

De que junto com a natureza,

Alguém te ama de verdade.

Aquele amor de outrora,

Que sempre nos foi negado,

Esperamos com muita calma,

Como se fosse uma só alma,

Pra hoje ser compensado.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 21/02/2009
Código do texto: T1450419
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