RELVA DA RAMA

Seiva da relva e da rama que circula dentro do coração.

Do cultivo da relva que gera toda essa rama de encantos e encontros...

Encontros e desencontros no olhar, no olhar sem ver.

O afogado se afoga arraigado à ilusão quando não há clarão;

Quando obscuro e regado de desconforto — é puro lamento!

Uma fuga ao léu na selva da relva.

A germinante semente ilusória que expressa a falsa liberdade...

Desabrocha os abrolhos num só olhar.

Num olhar cravado, às vezes molhado...

Que nascem como flores do campo,

Que brotam da relva e da rama — da seiva e na lama...

De uma ramagem que brota, nutre e morre...

Ramificação que alucina a multidão.

Não lamento a visão serena de ir por aí no espaço a ti seguir...

É puro lamento...,

Não saber se o horizonte é aqui ou ali a nos suprir na relva da rama.

Paulo Costa

Junho de 1985.

Pacco
Enviado por Pacco em 18/02/2009
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T1445633
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