O RIO E EU
O RIO E EU
De branco
Cobria-se o verdor da relva
que se vestia de branco
dos lençóis feitos brancos ao sol.
De seios enchia-se o rio que afogava
Os meus olhos de menino malicioso na nudez
dos variados seios das lavadeiras de roupas,
banhistas ingênuas.
Eu vivi a poluição do rio da minha infância.
Banhei-me no rio poluído
De tantos seios limpos.
E o meu rio de hoje, cheio de dejetos,
Se esvazia dentro de mim.
Eu choro sem lágrimas
A lenta morte do meu rio
Sem as lavadeiras ingênuas
Que não se banham mais
No rio poluído dentro de mim,
Que morre aos poucos.
O RIO E EU
De branco
Cobria-se o verdor da relva
que se vestia de branco
dos lençóis feitos brancos ao sol.
De seios enchia-se o rio que afogava
Os meus olhos de menino malicioso na nudez
dos variados seios das lavadeiras de roupas,
banhistas ingênuas.
Eu vivi a poluição do rio da minha infância.
Banhei-me no rio poluído
De tantos seios limpos.
E o meu rio de hoje, cheio de dejetos,
Se esvazia dentro de mim.
Eu choro sem lágrimas
A lenta morte do meu rio
Sem as lavadeiras ingênuas
Que não se banham mais
No rio poluído dentro de mim,
Que morre aos poucos.