Silêncio

Silêncio, a voz que quer calar.

Silenciar a vida, calar as emoções.

Silêncio, o grito contido,

A fala mais convincente,

o brado que ecoa,

mas que retorna a mensagem falada.

Silêncio, símbolo de tudo,

quando a vida explode em melancolia,

O silêncio permanece.

Compreender o silêncio para que alguém o escute,

em cada som emitido,

em cada milagre,

é o silêncio que responde,

é nele que se encontram as mais puras emoções,

de alegrias, de dores.

É no silêncio que se encontra a paz.

Silêncio, um enigma.

Palavras sem som, sem rima.

Silêncio dá esperança.

Silêncio no modo de expressar.

Silêncio na espera do amor.

Silêncio, a voz da alma.

Silenciar é mais calar do que falar,

ou, quando é falar, jamais explicar,

apenas sentir.

Silêncio que desnuda,

não se mente pra si mesmo

Silêncio, sua própria essência.

Silêncio, reflexo de si

Silêncio que ouve o silêncio

Silêncio que machuca,

onde se é réu e juiz de si mesmo.

Silêncio, o som das emoções.

Ouve-se entre risos e soluços as batidas descompassadas do coração

de acordo com os pensamentos.

O próprio silêncio amedronta, deprime,

alegra, alucina,entristece.

Silêncio da solidão.

Silêncio no modo de amar.

Silêncio para esperar

Silêncio, a voz do amor.

Sandra Wajman Gruner

Sandra Wajman Gruner
Enviado por Sandra Wajman Gruner em 19/04/2006
Código do texto: T141459