SOMBRAS DE UM AMOR

Mandou uma correspondencia numa tarde,

pra falar de um perfume que deixei por lá,

Preferência única, do que não existe,

cuja essência a mim não servirá.

Não posso ser lembrado em outro traje.

Aquele era parte da minha seda javaneza.

A seda veio comigo mas o perfume ficou.

Pois era seu também, aceno com franqueza.

Não serve a mais nada onde agora está,

pra vir na minha bagagem também não.

não sei o que dizer em correspondência,

Do protagonista que não está mais em ação.

Releio a carta, tudo acabado, com adeus

Não há ensaio, nem saudades, mais nada há.

vejo um vácuo. Não há portal que me retorne

a um amor que levou um tempo para apagar.

Eu que ainda hoje leio seus pensamentos,

O que reserva ao perfume que intacto está.

Sem servir a a ambos, como essência dissipada,

embalsamado no tempo, conservado sem usar.

Sei que foi, naquela data romântico presente.

Me alegrou um dia, foi um sonho adocicado.

Mas na distancia, esquecido ficou pra trás,

sombras de um amor esquecido do passado.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 11/01/2009
Reeditado em 17/04/2009
Código do texto: T1378828
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