Passado
Se entregue ao esquecimento
Agora posso ver as luzes que me cegam
O ponto radiante que confunde
Suprema dor eterna que sinto
Não tem descrição terrena
Sobrepondo pequenos atos
Coisas que não tem mais relevância
Oblisvici verbumas sancta
Não posso usar meu passado para esconder
Velhos tormentos me assombram
Me fazem lembrar coisas que quero esquecer
Lugares que pisei
Coisas que descobri
Uma imagem me consome
Uma palavra me seduz
Para um lugar que não tem fim
Onde eu sei que vou me perder
Quero somente respirar
Caído...
Caindo...
Caindo no esquecimento
Assim já me sentia mais forte
Sem lembrar tudo que feriu
Faces que me hipnotizavam
Olhares súbitos
“Onde eu estava quando me perdi?
Onde estava quando tudo voltou ao passado?”
Pensamentos constroem uma barreira
Que não posso derrubar
O que procuro está realmente do outro lado?
Será mais um erro inocente?
Desejo apenas respostas
A esperança ainda existe?
Vivendo mais uma ilusão
Ações que me condenam
Palavras que matam
Pater onipotentem
Da me lux et survivere vita
Te grati æternam
Deum sanctum
Lux meus
Todos os atos nos culpam
Por erros do passado
Julgam-nos por pequenos deslizes
Tentam nos convencer que estamos errados
Será?
Se entregue ao esquecimento