A virtualidade faz desaparecer

Somos rochas de sal

Qual mar abocanha

E minimiza a cada dia.

Somos origami de papel de arroz

Dobrados ao nosso extremo

Carregados ao menor assovio.

Somos a casca do vazio

O contorno do desaparecido

A essência da perenidade.

Mas podemos pensar

E sabemos amar

E este não esquece jamais.

Um dia ao acordar

A poesia te relembra

Será que Sara?