O QUE JÁ FUI
No tempo mais antigo
fui um famoso poeta
húngaro.
Das almas das pedras
lapidei poemas
das grandes guerras
sangrei –me apenas
por vias avessas
e luas morenas.
Decifrei em versos
na mais bela noite
embriagada
por uma estrela dourada
que brilhava no oriente
majestosa
envidraçando a madrugada.
Hoje
estranhamente
sozinho
sigo a vida
sem rumo
entre cruz e o espinho
sem luz em meu caminho.
Náufrago
enterrado
em minhas lembranças.
Fim trágico
de um homem vazio
perdido em sua própria herança.
Saudade
do herói que fui
em meu corpo flui
esperança.
13/12/2008
No tempo mais antigo
fui um famoso poeta
húngaro.
Das almas das pedras
lapidei poemas
das grandes guerras
sangrei –me apenas
por vias avessas
e luas morenas.
Decifrei em versos
na mais bela noite
embriagada
por uma estrela dourada
que brilhava no oriente
majestosa
envidraçando a madrugada.
Hoje
estranhamente
sozinho
sigo a vida
sem rumo
entre cruz e o espinho
sem luz em meu caminho.
Náufrago
enterrado
em minhas lembranças.
Fim trágico
de um homem vazio
perdido em sua própria herança.
Saudade
do herói que fui
em meu corpo flui
esperança.
13/12/2008