Calçadas doutros tempos
As calçadas doutros tempos
Guardavam folhas caídas
Do último outono.
Habitavam-se o silêncio sombrio
E uma pesada luz artificial
Advinda da primeira amostra
De eletricidade que rompera a escuridão.
Juras foram quebradas
Aos amores verdadeiros; e novas
Fez-se por amantes
Medrosos e apaixonados.
Porém, dos brancos bancos
Nada restaram... Netos e bisnetos
Escrevem agora a nova geração.
O relógio pára... Mas o tempo
Mostra-se cada vez mais veloz!
As calçadas doutros tempos
Sustentam-se em memórias
Mórbidas.
A mim já basta! O sol renasce
E faz perceber que é chegado
O verão.
Shauara David
Kaliane Araújo
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