Assim te Vejo
Vê o cântico colorido da madrugada
Que desponta nas fraldas do horizonte,
Coroando com auréola da esperança,
O despertar do dia.
Vê este farol maior aquecendo
E bronzeando esta terra de pele morena
Que dilata teus poros e deles brotam
O maná verde que ativa as chamas da vida.
Vê essa terra que verte lágrimas de suas retinas,
Inundando as cavidades do seu corpo,
Transformando em rios perenes, para nos dar
A certeza da continuidade do amanhã.
Vê essas matas que adornam o corpo desta mãe vaidosa
Que se banha nas águas das nuvens,
Perfuma com as flores da primavera
E veste com o verde do verão e do inverno
Para despir-se no outono.
Vê essa humilde fortaleza
Que nos transporta suavemente
Neste seu roteiro milenar
Descortinando em nossos olhos
O sombrear da tarde.
Vê esta mãe calma,
Que nos acolhe no seu leito,
Cobrindo–nos com o manto
Adornados pela lua e as estrelas,
Que iluminam nosso adormecer,
Para um despertar colorido da aurora.