Pó de Poema
Nada como esperar com um poema.
Mas a caneta falha,
O vento não tarda...
Do poema nada:
Só esperar!
Era uma avenida de muitos,
Numa era de muitos gritos,
Com um flutuante muito extenso.
De todos os tipos,
De raras as formas.
Ele era no mínimo otário.
O mar também gritando atrás de mim,
E eu já surfando numa grafia toda proibida,
Numa onda de olhar e só ver os bancos na calçada.
Nada como deixar um poema.
Mas a caneta não falha,
O vento é só brisa,
A idéia não atrasa.
E do poema, só pó do nada!
As pessoas são só pontos até virarem versos,
Pra se conjugar e virar obra,
E só, quando esperar não basta,
A natureza cela o tempo,
E deixa o poema vir,
Faz caminhar e o poema fluir!
Douglas Tedesco – 22/10/2008