Gotículas remanescentes
 
A brasa que ainda insiste em molhar
A garganta seca que sola em seiva
Compreende o prelúdio anunciado
Nada e tudo foram por acaso em vão
 
Fostes a fulgura do amor infame
Sentido pelo gelo que queima
Na intensidade de um gozo
Pertinente a endorfina latente
 
As gotas que ainda molham o deserto
Coração vazio e extremamente vil
Daquela que ainda sente o ausente
Que desfaleceu no sentimento
 
Felicidade és sentida e retribuída
Acredites que feliz fico em saber
Que as gotas nunca foram minhas
Mas do egoísmo sentido do caído
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 06/10/2008
Código do texto: T1213544
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.