Em alto mar
Nau à deriva
Por todos os lados só havia o vazio
Perdida no meio de um oceano de medos
A Correnteza me levava ao nada
O vento leve, às vezes aliviava minhas mágoas
Pouco sinais de vida, algumas cores muitíssimo cinzas
A tortura imposta pelo Silêncio
A Correnteza me levava ao nada
Vem o sol , vai a lua
Tudo sempre confortavelmente adequado
Vem a lua , vai o sol e demora...
A Correnteza me levava ao nada.
Abro os olhos cansados de dormirem
Agora sou náufraga de mim
Mergulho , nado , grito e luto contra a correnteza
Emergi atônita , feliz.
Agora sou sobrevivente de mim
Vejo tudo vivo, vejo cores, vejo sons, vejo o calor,
Vejo um brilho intenso ,
um farol ao longe.
Não posso me perder
Agora sou almirante de mim
Continuo nesta jornada paciente
Desvio de alguns rochedos e redemoinhos...
Persevero, necessito , eu desejo
Agora tenho o leme!
A luz está próxima ... espere-me!
Devo chegar em breve.