O MENINO ÀS PEDRAS SOLTAS

O menino defronte à vidraça

O destino às pedras soltas

Estilhaçando-se a vida

As ruas em falas soltas

Que falam de uma fala menina

Falas sem brilhos

Lembranças menino lembrado

Nos trens a correr os seus trilhos

Inexistentes às pedras soltas.

Lembranças que correm que batem

Perdidas nas calças curtas

De um tempo que corre...

Destes dias de tudo tão pouco

Falam que fala o menino

De falas que falam

A vida às falas soltas

De debaixo da lua o teto

A rua moleque as pernas

Esconde esconde

Brincando com a vida

Onde estás meu moleque?

Que dó deste tempo

Em ré que se escreve

Do mi de si: esmo

Tentando as falas soltas

De palavras brilhantes o sol

Lá das ruas das pedras soltas

Vidraças de si tão distantes

Espelho menino destino

Num canto difícil o cantar

O menino às pedras soltas.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 18/09/2008
Reeditado em 18/09/2008
Código do texto: T1183844
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