MINHA POBRE MENINA
MINHA POBRE MENINA
Moacir S. Papacosta
Uma pobre e ingênua menina
Requintada em beleza e inocência,
Vivia como uma peregrina
Neste mundo inundado de indecência...
Em seus olhinhos cintilava o amor
Em sua voz ecoava a simplicidade,
Seu vestido, nem me lembro a cor...
Meu Deus! Que tristeza! Quanta saudade...
Quisera tê-la a meu lado
Como a tive naquele indelével tempo,
Eu estava e estou deveras apaixonado
E ela se foi como folhas ao vento...
Mas a esperança de encontrá-la não pereceu
E jamais há de perecer,
Onde esta a luz dos olhos meus?
Estou louco pra lhe rever...
Se pudesse estar dentro do seu pensamento
Para saber se ainda pensa em mim,
Minimizaria um pouco deste sofrimento
Pois longe dela... Sou um mar de solidão sem fim!
Jataí –GO, 07 de maio de 1971