HORAS
Silvania Mendonça Almeida Margarida
Na minha hora,
roubei a hora, transcrevi a hora,
forma ondular.
Que minha hora? Será agora?
Ou melhor seria?
Não estar lá?
Na sua hora, pensei sua hora,
refleti sua hora
a desejar.
Cantei em versos,
em verso e prosa,
a sua hora
em muito amar.
Na hora deles,
concordei com eles,
passei para eles,
todo o luar.
E o sol chegou, em boa hora,
para informar que muita luz,
sempre virá.
Na nossa hora, nunca além,
cantei sonetos para alegrar.
Na nossa hora, tremi de medo,
que muita hora, só pela hora,
não pude chegar.
Mas bem na hora, já estava lá.
Agora canto as horas
sobre as auroras,
das minhas manhãs,
das minhas emoções,
com muitos brilhos, em corações...
Infinita certeza carrego comigo,
internamente,
a minha hora,
a sua hora,
a nossa hora
há de chegar...