DOIS AMORES E UM ADEUS

Estaremos repetindo a última música de uma boemia,
estamos buscando numa guerra, a palavra harmonia,
junto um do outro, jamais acharemos o nosso sol.
Chega de tentar,essa nossa convivência dar certo,
e como se olhasse sempre as únicas árvores do deserto
andaremos a vida inteira, como um nômade mongol.

Temos certeza que não da certo, mas voce ainda insiste
embora sabendo, que não sou a fonte do seu alpiste,
somos um para o outro, a onda que terminou na areia.
Não tentaremos mais,muito tentamos, mas infelizmente
sentimos, mas sabemos que secou a nossa semente
somos os últimos habitantes, dessa desabitada aldeia.

Temos direito de tentar, buscar na vida a liberdade,
onde teremos uma chance de ver alguma claridade,
ao invés de onde estamos, uma estrada sem uma luz.
Desataremos o nó, jogamos fora a lei que nos liga
seremos livres, para que, cada um seu caminho siga,
colocamos um final nessa vivência, que nada produz.

Ouviremos junto pela última vez, os sinos da orada,
aí sozinhos caminharemos,cada um em sua estrada
em busca de uma semente, por que essa não germinou.
Sem chorar, trocaremos abraços na nossa despedida,
as lágrimas, faremos tudo para não ser percebida,
tentaremos um novo amor, esse o destino ja selou.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 20/08/2008
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