Nada de Mais
Às vezes ainda olho para aquela janela.
Mas não com os mesmos olhos.
Não com o olhar voraz. Mordaz.
Mas com olhos fraternos, sinceros.
Olhos de amigo.
Nada de mais.
Às vezes lembro da vista.
Mas não com saudade.
É apenas lembrança.
Uma época que passou.
E não faz mais falta.
É apenas lembrança.
De uma época vivida.
E até por vontade própria não volta mais.
A não ser a velha fraternidade.
Que com o passar da idade.
Será sempre amizade.
Nada de mais.