Baú de memórias
A porta emperra
Não quer abrir
E me deixar ver
O que eu quis esconder
A garganta coça
Incomoda
Vou absorvendo este ar
Nostálgico
Fotos, cartas
Papéis sem fim
Uma boneca bailarina
Uma flor
Que arranquei do jardim
A náusea das lembranças
Toma conta de mim
Enfim
Fecho a porta
Viro as costas
E sigo minha vida
Como se o passado
Jamais houvesse passado
Mas passou, ficou
E ajudou a formar
O que sou hoje
Por mais que eu não queira...