Certa vez, um grande amigo vindo de Maringá;
Presenteou-me com uma pequena semente.
Relutei em plantá-la, pela incerteza se poderia vingar;
Sem nenhum cuidado, a joguei na terra, logo a minha frente.
O tempo passou, a semente brotou!
Entusiasmado com a plantinha persistente,
Então meu tempo se entregou,
Para o cuidado com aquele belo presente.
Hoje, depois de tantos anos, estou eu aqui;
Na sombra da minha Sibipiruna querida;
Escrevendo esses versos de felicidade!
Expressando minha humilde generosidade!
Vejo que se tornou berço de vida;
Pela cigarra que no seu tronco sempre canta;
Pelas andorinhas em sua copa, que fazem verão;
Pelas abelhas em suas flores, que me enchem de emoção!
Sibipiruna, que sacode com o vento;
Fazendo da terra batida, um veludo dourado!
É a rainha dessas minhas terras;
É a lembrança, de um grande amigo adorado!
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A sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides; Caesalpinioideae), também conhecida como coração-de-negro ou sibipira, é uma árvore de grande porte, com origem no Brasil. Chega a medir 18 metros de altura, para 7 metros de diâmetro da copa arredondada. Ela também pode ser confundida com o Pau-Brasil ou Pau-Ferro, pela semelhança da sua folhagem. Na verdade é a de maior crescimento da espécie, sendo muito usada para arborização, especialmente da cidade de São Paulo, de onde foram batidas as fotografias abaixo. Exemplares com 20 a 25 metros já foram vistos.
É uma árvore de clima tropical, de crescimento rápido, com folhas pequenas e caducas. A floração ocorre entre setembro a novembro e produz flores amarelas organizadas em cachos. A frutificação dá origem a vagens entre julho e agosto. Os frutos tem uma cor verde claro fosforescente, e podem ficar vários meses à espera de dispersores naturais, geralmente pássaros. As raizes são pivotantes.
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O ENCANTO DAS PALAVRAS