A Rua Perfumada ( da minha Belém)
Rua Perfumada
Da infância da minha cidade
Trago cheiros na memória
Era uma Rua Perfumada
Que em Belém se fez História
Aroma dos sabonetes
Fragrâncias que inebriaram
Da Fábrica os dejetos
No canal depositavam
Recordo fatos antigos
Gavetas tão perfumadas
Os papéis das embalagens
Nas roupas eram juntados
Abria-se uma gaveta
E lá vinha aquele odor
Lençóis, toalhas, calçinhas.
Perfumados com sabor.
Quem passasse na Quintino
Por certo perceberia
Que era uma Rua Cheirosa
Ao longe o aroma fluía.
As dezoito encerravam
Saiam às operárias
Aromas nelas presentes
Faziam sentir quem cruzava.
São lembranças saudosas
Lá da Rua perfumada
Era a Fábrica da PHEBO
Memória olfativa do meu passado.