DIAMANTE NEGRO

Era doce, marrom e leve,

Comia à noite ou pela manhã,

De recheio branco de neve

Ou de creme de avelã.

Na boca ele se derretia,

Macio e, sobretudo,

Dizer seu nome nem carecia

Porque ele “diamantizava” tudo.

Comprava na minha rua,

Entre confeitos de alfenim,

Saboreava olhando a lua

Desejando que não tivesse fim

Aquela bolinha tão doce

De sabor inebriante.

Eterna queria que fosse

Como uma estrela brilhante.

Essa lembrança me enleia,

Da infância e de tudo de bom,

Quando olho a lua cheia

Sinto o sabor do bombom.

26/01/06.