Seu Plácido
Velho Plácido, o que contemplas?
A placidez longínqua e ancestral
Do açude da Baixa Verde?
A cor morena da terra
O cheiro acremorno
Das mulatas trigueiras
O sabor das frutas maduras
Caindo dos pés?
Os pássaros, Seu Passo?
As arapucas, os fojos
As ribeiras, os córregos.
As almas, as histórias
Contadas à noitinha
À luz do lampião de querosene
Os causos de trancoso, as botijas?
Passos do passado, plácido passo.
Eras um menino vivendo
Em um corpo senescente.
Tua ingênua razão
Tua índole inocente
Transmitiam o saber caboclo
Da cultura primal dos bugres
E dos colonizadores.
Tu passavas pela vida
E a vida passava por ti.
Caçador de sonhos.
Velho passarinho
Da serra de Luiz Gomes
Preso, afinal
Pela fatal armadilha
Da existência!
Velho Plácido, o que contemplas?
A placidez longínqua e ancestral
Do açude da Baixa Verde?
A cor morena da terra
O cheiro acremorno
Das mulatas trigueiras
O sabor das frutas maduras
Caindo dos pés?
Os pássaros, Seu Passo?
As arapucas, os fojos
As ribeiras, os córregos.
As almas, as histórias
Contadas à noitinha
À luz do lampião de querosene
Os causos de trancoso, as botijas?
Passos do passado, plácido passo.
Eras um menino vivendo
Em um corpo senescente.
Tua ingênua razão
Tua índole inocente
Transmitiam o saber caboclo
Da cultura primal dos bugres
E dos colonizadores.
Tu passavas pela vida
E a vida passava por ti.
Caçador de sonhos.
Velho passarinho
Da serra de Luiz Gomes
Preso, afinal
Pela fatal armadilha
Da existência!