A Flor Core

Eu não estou inventando nada

Nem é coisa de imaginação

Aqui alma penada

Não é alma com pena não

Quem é que medo não sente

Do nada, ouvir corrente

Ouvir corrente do nada

Não é coisa de alma penada?

Falar nisso me dá bode

Saci moleque maroto

Me explica como é que pode

Ir num pé e voltar no outro?

E a mula-sem-cabeça

Numa jura a um alazão

-Não quero que me agradeça...

mas por vc, perdi a razão

E o marinheiro na areia

Dava uma de gaiato

Trocava olhares com a sereia

Ele de olho na sardinha, ela de olho no gato

Saci sem pé não perde aviso,

mas a sereia pode perder o siso

e sem cabeça mula não perde a razão

isso é história de penadinhos, isso é coisa de assombração

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 06/04/2008
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