A Flor Core
Eu não estou inventando nada
Nem é coisa de imaginação
Aqui alma penada
Não é alma com pena não
Quem é que medo não sente
Do nada, ouvir corrente
Ouvir corrente do nada
Não é coisa de alma penada?
Falar nisso me dá bode
Saci moleque maroto
Me explica como é que pode
Ir num pé e voltar no outro?
E a mula-sem-cabeça
Numa jura a um alazão
-Não quero que me agradeça...
mas por vc, perdi a razão
E o marinheiro na areia
Dava uma de gaiato
Trocava olhares com a sereia
Ele de olho na sardinha, ela de olho no gato
Saci sem pé não perde aviso,
mas a sereia pode perder o siso
e sem cabeça mula não perde a razão
isso é história de penadinhos, isso é coisa de assombração