CANTAR DO GALO

Hoje, na cidade cimentada
não ouço, o galo da madrugada
ate parece um território esquimó.
Quando la na roça morava
todas as manhãs escutava
o canto do garnizé, e do carijó.

Ate parecia uma orquestra
os galos cantando em festa
eram dezenas de corococó.
Eles faziam muito barulho
desde a granja do Getúlio
ate na fazenda do Jacó.

Algum galo talvez não canta
por medo de virar janta
por que e fácil de virar pó.
Estará o bicho em extinção
ou sera medo de ladrão
querendo frango com giló?

Aqui nesse mundo de cimento
nunca se ouve algum jumento
e nem se fala do xoxoró.
Eu nunca mais comí frango
prefiro ensopado de mugango
por que do bichinho tenho dó.



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/03/2008
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