Ciranda da vidađ
Eu queria voltar a ser criança
Ainda bem que me restaram as lembranças...
Queria voltar e poder me defender
Das vezes que me fizeram sofrer
Ciente do que Ă© o bullying, tudo mudaria
Mas se isso eu fizesse, talvez nĂŁo amadureceria
Como eu saberia com o mal lidar?
Se partes da minha histĂłria eu apagar?
EntĂŁo decido deixar isso pra lĂĄ...
Fases alegres eu irei entĂŁo visitar
De quando queria ser tudo
Dizia que ia rodar o mundo
Ăs vezes rodopiava sĂł para ver o mundo girando
Pegava impulso para tocar o céu apenas balançando
Deitada na grama, admirava nuvens brincando formatos
Acariciando os pés na relva, até esquecia os sapatos
O mundo parecia girar ao nosso redor...
Tudo tĂŁo fĂĄcil, como se ainda nĂŁo existisse a dor
Essa eu sĂł sentia mesmo, quando caĂa e me machucava
Merthiolate ardia tanto... a dor nĂŁo aliviava
Picolé parecia nunca ter fim, mas derretia råpido
A roupa lambrecada, sĂł limpava com um pĂł mĂĄgico
O comercial dizia pra deixar sujar
Depois era sĂł a mamĂŁe lavar
Algodão doce grudava no céu da boca
Derretendo, melecava o cabelo e a roupa
No céu, a pipa parecia um foguete a decolar
Em dias de vento forte, achava que com ela poderia voar
E o tempo foi passando ligeiro...
E eu que achava que ele era meu fiel escudeiro
Foi ficando tudo tĂŁo diferente
Que causa espanto e estranheza, tudo ter mudado tĂŁo de repente.
âȘïžâĄâȘïžâĄâȘïžâĄâȘïžâĄâȘïž
ăDesperte a criança que existe em vocĂȘ!
Eu desejo um Feliz Dia das crianças, mas sei que nĂŁo Ă© uma realidade para muitas crianças... de todas as partes do mundo... entĂŁo, desejo um mundo mais pacĂfico, mais acolhedor... que respeite todos os seres viventes... sem esses "muros" erguidos da separatividade... que possamos rever nossas construçÔes... que haja mais pontes... pois essas permitem travessias... que seja um mundo mais humanizado, de amor e igualdade... onde a bondade seja soberana e espontĂąnea.