Soneto do Anjinho

Poesia dedicada aos meus futuros filhos.

O anjo de minha guarda é um grande amigo

Pois, nas horas das quais mais eu careço,

Sussurra bons conselhos aos ouvidos,

Lapida os coraçõezinhos travessos.

Um dia quase tropecei e caí

Da escada enorme e íngrime, rumo ao quarto,

Mas não caio nunca pois sempre vi

As mãos estendidas em meu resguardo.

Foi Jesus que soprou sobre este anjinho

O fôlego de vida, o hálito divo.

Na face dos seus filhos faz carinho,

Cristo anda preocupado comigo!

Mamãe, eis minha promessa de dedinho:

Chega de trepar na estante de livros.