O espanador e a poeira
O espanador
Certo dia
Com seu ar de sabedoria
Junto com seu labor
Disse a poeira
Por que está você?
Sem saber o porquê
Parada aí sobre o móvel durante sua vida inteira!
O pó
Lhe disse
Deixa de canalhice
Eu estou muito bem só
O espanador
Eu tenho que lhe espanar
Que esse é meu trabalhar
Que eu faço com amor
E a poeira
Isso ,eu não quero
É o que eu espero
Não queira ter canseira
O espanador
Isso,eu faço com gosto
E nunca com desgosto
Para mim,isso não há nenhuma dor
A poeira
O pó não traz nada
Nessa minha vida desenfreada
Parece de ti doideira
Quem disse que não
Seu pó
Traz só
Doenças de montão
Espirros a toda hora
Rinite,sinusite
É o que insiste
Sem demora
Então, vamos parar de falar
Que eu tenho neste exato momento
Sem sofrimento
Que te espanar
Com o meu espanador
Que deixo tudo na maior limpeza
Numa só beleza
Com o meu objeto de labor
Que quem me utiliza é a faxineira
Que faz tirar você
Que agora sabes o porquê
Que tu és uma sujeira!
Senhora poeira
Que com o meu espanador
Ela trabalha com calor
A pobre da faxineira.
Autor: Wilhans Lima Mickosz