A raposa chorona
A raposa Pepa vivia sempre a chorar
Lembrando dos tempos em que morria de trabalhar
Acordava bem cedinho para roupa lavar
A coitada não tinha direito de estudar.
A raposa Pepa trabalhava noite e dia
Vivia a chorar enquanto a outra sorria
Acordava bem cedinho enquanto a irmã dormia
Fugir daquela vida era o que ela mais queria.
A raposa chorona andava muito triste
Sem tempo pra descansar não há ser que resiste
Jurava que um dia tudo aquilo passaria
Esperava ter a sua liberdade um dia.
Um dia ela resolveu a sua vida mudar
Em uma noite de lua fugiu daquele lugar
Foi viver em uma mata onde não se podia caçar
Assim a raposa chorona parou logo de chorar.
Então, a raposa chorona tratou muito de dormir
Corria livre pelos campos, alegre a sorrir
Prometendo nunca mais do campo sair
Caçava livremente, sem vontade de fugir.