A borboleta amarela
A borboleta amarela entrou esvoaçante pela porta
Assentou-se ao lado daquela menininha magrela
Que estava comendo bem tranquila gostoso doce
Estava lambuzada e raspando os farelos da panela.
A borboleta amarela sentiu aquele precioso aroma
Estava tão bom, que grudou bem firme junto dela
Foi se aconchegando e beijou suavemente seu rosto
Enfeitou-o, enquanto ficava olhando para a janela.
A borboleta amarela ficou meio tonta, desnorteada
Voou e pousou nos cabelos macios e caramelados
Esvoaçantes, com um perfume de rosas amareladas
Amarrados com fitas grandes e panos avolumados.
A borboleta amarela tocou os cabelos encaracolados
Rodeando aquela bela menina magrela e perfumada
Pensando ser um jardim a desabrochar no inverno
Seriam suas cores mais íntimas e muito desejadas...
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google