O MENINO E A TAROLA
O menino pequenino sonhava
e, no sonho, a tarola tocava;
tinha o bumbo que marcava,
tinha a caixa que acompanhava,
mas só a tarola encantava,
enquanto a escola marchava.
Suas mãos eram ligeiras,
que nem asas de beija-flor,
e as baquetas, feiticeiras,
vibravam tocando o tambor.
Mas, quando setembro veio,
ele a sua tarola não tocou;
sua pouca altura, que pena,
da pequena banda o tirou.
E, na parada da esperança,
seu sonho não desfilou!