A BRUXINHA DA PRIMAVERA
A BRUXINHA DA PRIMAVERA
William Lagos
BRUXINHA DA PRIMAVERA I -- 2 JAN 2018
(Traduzido e adaptado de um conto de Ray Bradbury)
Versão Poética de William Lagos
Sob a luz das estrelas Cecy ondulava,
sobre campos e valados invisível,
igual que as brisas da meiga primavera,
tal como o trevo que perfume exala;
por entre as asas de uma pomba penetrava,
farfalhava como um ramo inexaurível,
o rugido a partilhar de alguma fera,
era a hortelã que ante a margem trescala
e se inseria entre os pelos de algum cão,
latindo alegre, igual que em oração!...
Os musgos todos da terra percorria
e como um grilo brilhante cricrilava,
era a cigarra estridulando num portão
e ainda coaxava pela boca de uma rã!...
Em cada ser do entardecer se intrometia
e no crepúsculo ainda mais dançava,
estranho impulso a lhe tanger o coração,
percorrendo dos esquilos cauda e lã...
Mais do que nunca executava tais afanos,
pois completava seus dezessete anos...
Hoje eu desejo poder me apaixonar!
-- murmurava Cecy para si mesma...
Dissera coisa igual no desjejum,
consternados, seus pais a lhe falar:
"Paciência", seu nome a pronunciar,
Cecy seu apelido, em breve resma...
"você não pode apaixonar-se por nenhum
desses rapazes que pode contemplar!
São humanos como nós, mas diferentes,
casar só pode com nossos parentes!..."
"Caso o fizer, perderá os seus poderes
e cedo ou tarde irão os dois se separar,
mas não irá recobrar a faculdade
de projetar sua mente pela noite...
Não entenderão se de dia adormeceres
ou que de noite te queiras levantar.
e muito menos a tua imobilidade,
que te permite viajar como um açoite!
Pensarão ser outra coisa, ser doença,
padres e médicos trazendo à tua presença!"
A BRUXINHA DA PRIMAVERA II
"Pior ainda, ficarão bem desconfiados
caso lhes contes, até terão inveja,
sem compreender que não possas partilhar,
uma vampira afinal te julgarão!
Pensa bem antes de teres namorados,
teu poder se perderá em quem te beija,
mas sem que possa tal poder roubar,
igual que bruxa te considerarão,
sem entender que nós apenas projetamos
as nossas mentes e com elas nós voamos..."
"Pensa apenas no trabalho de teu pai:
numa cidade pouco seríamos notados,
porém de dia não se consegue adormecer;
então para este povoado nos mudamos
e como vigia noturno o pobre vai,
seis períodos a cada noite esperdiçados,
sem poder se dedicar a seu prazer,
enquanto nós com alegria passeamos!..."
"Parentes meus se tornaram escritores,
porém eu nunca partilhei desses pendores..."
"Mesmo assim, ainda preciso, algumas vezes,
durante o dia, assistir a uma reunião
ou acompanhar os companheiros a algum bar,
para que a nossa condição não dê na vista..."
"E se consegues atravessar os meses
Prudência, sem qualquer perturbação,
é de manhã que a comida vou comprar...
E se a um namoro com alguém você insista,
horas noturnas terá de sacrificar,
sem de dia poder de fato descansar!"
Cecy foi forçada a concordar
e prometeu desistir de tal ideia,
mas em seu quarto, um perfuminho colocou
ao se deitar em seu bonito leito,
alguns minutos limitando-se a pensa:
Posso habitar de lobos a alcateia
e nas águas de um riacho inteira estou,
como a poeira de um caminho até me ajeito,
se quiser, passo o inverno sob a terra
ou na caverna que algum urso encerra...
A BRUXINHA DA PRIMAVERA III
Mas que interesse nos meus primos tenho?
Com todos já passeei e não gostei,
mesmo os menores são uns pretensiosos!...
Talvez encontre algum primo europeu,
mas hoje faço aniversário e é meu empenho
me apaixonar - e me apaixonarei!...
Proibiram-me habitar nos vagarosos
seres humanos comuns... Porém se eu
só por mim não me posso apaixonar,
como outra jovem eu irei me enamorar!
Assim pensando, fechou os olhos e partiu.
Nem sei por que meus pais me proibiram
de preencher qualquer gente comum!
Dizem só que causarei sua desconfiança...
Mas quem habito, de fato, não me viu!...
Assim, seus olhos da mente persistiram,
sem avistar a ser humano algum
em que pudesse penetrar com esperança,
até avistar, ainda a noite no começo,
bela jovem, sem sequer um adereço...
Teria, talvez, uns dezenove anos,
robusta e forte e na verdade bela,
com um balde a tirar água do poço
e a cantar enquanto erguia a corda...
Cecy tombou, folhinha em verdes panos,
dentro do poço e passou pela donzela;
dentre as gotas de água, num retoço,
ficou dançando até passar a borda
daquele balde que a moça suspendia
e logo um gole de água a outra bebia!
Com a água, Cecy nela penetrou
e a seguir, por suas vistas ela olhava:
por detrás da testa lisa e amorenada
seu cérebro era uma rosa adormecida...
Por suas narinas a água farejou,
pelos ouvidos os ruídos escutava,
seu coração numa calma compassada,
trauteando a língua canção desconhecida...
E num impulso, se atreveu a perguntar:
"Sabes quem te está agora a acompanhar?"
A BRUXINHA DA PRIMAVERA IV
A garota sentiu um sobressalto;
olhou em volta: "Mas quem se encontra aqui?"
"Somente o vento" -- Cecy lhe retorquiu.
"Foi só o vento," disse a moça, envergonhada.
Mas por que me proibiram este assalto?
Os membros dela são os mesmos que em mim vi!
Na boca um gosto de sidra ela sentiu,
a cabeleira clara numa touca conservada,
o corpo esbelto que se movia, sinuoso,
sua pele lisa como o musgo mais formoso...
"Gosto de estar aqui!" -- disse a bruxinha.
"Mas o que é isso?" -- interrogou a moça.
"Como é teu nome?" -- Cecy lhe perguntou.
"Ann Leary... Mas por que devo dizer
o meu nome em voz alta? Estou sozinha!"
"Ann, Ann," falou Cecy, em tom de troça.
"Vais te apaixonar daqui a pouco," -- lhe afirmou.
"Mas o que é isso? O que está a acontecer?"
Como em resposta, apareceu na estrada
um carroção, que suspendeu a disparada.
Um rapaz forte, alto e moreno,
puxou as rédeas e assim fez estacar
seus dois cavalos robustos de parelha.
Vistos de baixo, seus braços pareciam
ter músculos imensos. Num aceno,
da boleia ele pulou, sem vacilar:
"Ann, querida! Seu rosto o sol espelha!"
"Ora, Tom, és tu..." "Quais mais seriam?"
"Eu não desejo mais falar contigo!"
"Não, Ann!" -- disse Cecy, do seu abrigo.
Ann parou de repente, olhou ao redor,
para as colinas e as primeiras estrelinhas,
perdeu o controle do balde e derramou
parte da água sobre os próprios pés.
Contemplou o rapaz com algum temor:
"Olha o que fizeste! Molhei minhas sandalinhas!"
Tom soltou uma risada e se ajoelhou.
"Olha o que eu vou fazer!" Com rapapés,
tirou um lenço do bolso e começou
a lhe secar os pés. Mas Ann recuou...
A BRUXINHA DA PRIMAVERA V
"Não quero! Não me toques! Vai embora!"
Mas o rapaz em sua tarefa prosseguiu...
Cecy lhe viu o formato da cabeça,
a largura dos ombros e o perfil
e controlou-lhe a língua nessa hora,
e a dizer "Muito obrigada!" ela insistiu.
"Da educação é bom que não se esqueça..."
brincou o rapaz, com seu riso varonil.
Não fora Ann a falar dessa maneira,
porém Cecy, a controlar-lhe a fala inteira...
"Eu já antes te falei que não te quero!"
"Calma, Ann, hoje precisas ser gentil!..."
Levou-lhe a mão a passar por sobre a testa
do rapaz... Mas estou ficando louca? --
pensou Ann. "De ti mais nada espero,
sem dúvida... Foi só um gesto feminil...
Mas, então? Afinal, vamos à festa?"
"Ah, não sei!" -- já dominava a própria boca.
"Por que não vais com essa tua namorada?"
"Qualquer outra já é coisa ultrapassada!"
"Foi só a ti que eu hoje convidei!..."
"Ah, sim? E a Martha, a Thereza, a Micaela?"
"São minhas amigas," -- disse Tom, "e nada mais."
"Pois eu não sou sequer amiga tua!"
"Vamos, Ann... Olha, até me preparei...
Só alguma poeira me subiu... A noite é bela!
Vamos ao baile! Vai ser lindo por demais!..."
"Não!" -- disse Ann. "Vai tu, põe-te na rua!"
"Ah, sim!" -- disse Cecy. "Eu quero ir!
Quero ir ao baile, não podes me impedir!"
"Ah, já nem sei..." -- Ann balbuciou, confusa.
"Eu quero! Eu quero! Eu quero hoje dançar
a noite inteira, meus pais nunca me deixaram,
só posso ir se estiver dentro de ti!,,,"
"Vamos lá! Não inventa alguma escusa..."
"Está bem. Então vou te acompanhar...
Sei lá porquê. Minhas ideias se mudaram..."
"Então vai te arrumar... te espero aqui..."
"Tudo bem, vou lá dentro de banhar..."
"Fico aqui fora para te esperar..."
A BRUXINHA DA PRIMAVERA VI
"Mamãe..." -- falou Ann. "Mudei de ideia..."
"Mas por que? Vocês não tinham brigado?"
"Não querias nunca mais ver o rapaz?"
"Ah, não sei... Deixei ele lá fora..."
"É primavera!" -- disse Cecy de sua soteia.
"É primavera," -- disse Ann. "Está explicado."
E foi banhar-se. Então falou: "é bem capaz
que outro galã me agrade nessa hora!..."
Durante o banho, Cecy se distraiu
e pela espuma do sabão se imiscuiu...
De repente, sentiu que a jovem lhe escapava
e bem depressa para ela retornou.
"Mas quem és tu?" Ann agora percebeu.
"Sou uma garota de dezessete anos..."
"Mas eras tu que minha língua controlava!
Não fui eu! Foste tu quem aceitou!...
"É verdade, mas bem que te valeu,
é um lindo rapaz, sem mais enganos..."
"Mas eu não o quero! Já fomos namorados
e me traiu mais de uma vez, sem mais cuidados!"
"Estou emprestando meu corpo à feiticeira
da primavera!" -- disse Ann, cheia de medo.
"Que mal vai ela esta noite me causar...?"
"Não te farei mal algum! Eu sou gentil.
Mas deves ir à dança e ser brejeira,
deste prazer esta noite jamais cedo,
por mim podes até trocar de par,
só não escolhe qualquer matuto vil!..."
"Mas sai agora, enquanto o rosto pinto...
Quero ao menos saber como me sinto!"
Por um momento, Cecy se retirou
e de imediato Ann sua mente endureceu:
"Vai-te embora! Não deixo que entres mais!"
Entrou a Mãe. "Tom ainda está lá fora!
Com quem você agora mesmo conversou?"
"Ele que vá embora! Boas razões me deu!
Que vá embora para retornar jamais!..."
Porém Cecy a controlou mais do que outrora:
"Não podes fazer isso com o rapaz
e é preciso que ao baile hoje tu vás!..."
A BRUXINHA DA PRIMAVERA VII
"Afinal, digo o que para o rapaz?"
"Que vá embora! Não, que me espere!
Eu já nem sei!..." "Eu que não vou me intrometer...
Queres ajuda para prender o colar?..."
"Não, isso a gente mesmo faz..."
Gritou Cecy, sem que a expressão se altere.
"A gente? Não és tu que o vais prender?"
"Tom é ótimo rapaz! Vocês vão se arranjar,"
A pobre Ann já começou a chorar...
"Não faças isso! A pintura vais borrar!..."
Ann pôs o xale sobre seu vestido.
"Não sei por que você quer me obrigar!"
"Eu te prometo não fazer nada de mal,
eu só desejo ir ao baile desta vez..."
Saiu Ann para fora com um gemido.
Disse-lhe o Pai: "Vê se não vais maltratar
o pobre Tom, igual que no Carnaval!"
"Foi culpa dele! Já esqueceu o que me fez?
Boa noite, então! Só vou voltar bem tarde!"
"Confio em Tom para que bem te guarde!"
Falaram pouco ao longo dessa estrada.
Tom respeitou-lhe o silêncio com cuidado.
Já quase lá, falou: "Eu te agradeço,
esta noite, que para mim já era especial,
por tua presença ficou mais aprimorada..."
Ann o mirou de um jeito desconfiado
e sua ajuda recusou: "Eu mesma desço..."
Viu no salão um brilho espectral,
mas estava cheio de seus conhecidos,
ela e seu par estavam bem vestidos...
E assim dançaram por horas a fio,
sem Ann querer sequer trocar de par;
Cecy sentia-se no Sétimo Céu,
a alegre música a fazia rodopiar,
olhos brilhantes como luzes de pavio...
Cada ritmo Ann sabia dominar,
em longo vórtice, como um fogaréu,
porém bailava quase sem falar.
"Estás estranha..." -- Tom lhe comentou.
"Sim, estou estranha. Não sei quê me pegou."
A BRUXINHA DA PRIMAVERA VIII
"Eu não queria vir aqui, entendes?"
"Tenho hoje uma estranha sensação,
vejo teus olhos e mal te reconheço..."
"É a mim que vês!" -- lhe projetou Cecy.
"Não sei de fato se tu me compreendes..."
"Por que vieste. se não querias, então?"
"Eu que quis vir, se bem mal te conheço!"
"Foi a Bruxa da Primavera que me fez vir aqui!
Nem sei por que estas palavras me saíram!"
"O que importa é o que nos permitiram..."
"Fui eu que vim, Tom, hoje sou eu!"
falou Cecy. "E eu já me apaixonei!"
Mas foi a voz de Ann que o pronunciou...
"Querida Ann, sabe o que está dizendo?"
"Não sei, não sei! Não sei o que me deu!"
Mas eu sei! -- pensou Cecy. Eu que falei!
Prosseguiu Tom: "Meu coração te amou,
anos atrás e não o estavas esquecendo,
mas tenho medo outra vez de me iludir...
Irás de novo meu coração partir...?"
"Mas foste tu, malvado, que partiste o meu!"
"Éramos jovens, eu não agi por mal...
Foi tão só uma tolice, a tentação,
não sabes quanto eu já me arrependi!..."
E sem parar de dançar, o par desceu
pela escadinha, em passo natural
e Tom pediu-lhe então a permissão
para beijá-la e um beijo deu-se ali...
Era Cecy correspondendo ao beijo,
algo tão novo, mas louca de desejo!
Mas, de repente, não era mais Cecy,
mas Ann somente que ao beijo respondia,
suas faces encarnadas de paixão...
Cecy sentiu-se um tanto deslocada:
"Para com isso! Não é o lugar aqui!
Vamos logo para casa!" -- ela pedia...
Tom aquiesceu. Tomou-a pela mão
e até a caleça levou sua namorada...
Em silêncio, os dois voltaram para casa,
seus pensamentos ocultos nessa vaza...
A BRUXINHA DA PRIMAVERA IX
Quando chegaram, afinal, junto ao portão,
"Ann," -- disse Tom -- "preciso te dizer
duas coisas. Primeiro, eu me alistei
e vou passar dois anos no quartel.
Fica bem longe daqui a guarnição..."
"Foi só por isso que insististe por me ver?"
"Não. Uma segunda coisa eu te direi:
Esse teu beijo foi doce como o mel,
deixas que agora te beije novamente,,?"
Sim! -- pensou Cecy. Ann disse: "Sim!", contente.
E novamente foi um beijo bem sincero...
Mais uma vez, Cecy viu-se de fora!
"Era essa a outra coisa que querias?"
"Não," disse Tom. "Queres casar comigo?
"Em cada folga eu voltarei." "Te espero,
mas eu não quero que te vás embora!"
"Agora é tarde... Porém, me escreverias?"
"Toda a semana!" "E eu estarei contigo,
mesmo estando lá longe no quartel...
Eu também te escreverei, Lábios de Mel!"
"Virei te visitar quando puder
e o meu primeiro soldo empregarei
para comprar o par das alianças...
Posso contar com o noivado, então?"
"Claro que sim. Será o que Deus quiser..."
"Até a porta eu te acompanharei;
de um novo beijo terei as esperanças..."
Porém Cecy sentiu partir seu coração:
Mas não é ela! Eu que me apaixonei,
amado Tom!... Eu não te perderei!...
E num, impulso, para Ann falou:
"Diz a ele que vá me visitar!
"Escreve num papel meu endereço!
Ann se percebeu forçada a obedecer
e para o namorado, murmurou:
"Quero primeiro minha bolsa segurar...
Tenho uma amiga do maior apreço...
Seu endereço vou agora te escrever..."
Logo rasgou um pedaço de papel:
Vai visitá-la numa folga do quartel!"
A BRUXINHA DA PRIMAVERA X
"Está bem, se for essa a tua vontade...
Cecy Elliot -- 36, Alameda do Pinheiro...
Mas preferia visitar a ti somente,
pois não terei muitas folgas no quartel..."
Experimentando qualquer perplexidade,
Ann pespegou-lhe um beijo derradeiro.
Cecy nesse último estando bem presente:
"Não vás perder esse pedaço de papel!"
"Não vou perder," disse Tom, embaraçado.
"Mas por que isso?" ¬-- pensava, desconfiado.
Passou-se o tempo. Voltou sempre que podia
e realmente comprou-lhe as alianças
e os dois noivaram, cheios de alegria;
cumprido o prazo, mais tarde se casaram.
Mas nessa noite, já Cecy se despedia,
para casa a levar falsas esperanças...
Porem Tom já depressa se esquecia:
deixou o papel num bolso e então lavaram
as suas calças e o endereço se apagou...
Só uma vez que outra ele lembrou...
Anos depois, já um casal feliz,
Tom e Ann daquela noite recordavam:
"Estavas tão estranha nessa dança..."
"A Bruxa da Primavera me levou...
Mas lá no fundo, fui eu mesma que quis,
bem diferente das coisas que falavam,
foi a Bruxinha que causou nossa bonança...
Quem sabe ela também se apaixonou?"
E os dois riram, a seus filhos contemplando,
sem sequer desse endereço mais lembrando!
E o que ocorreu com a pobrezinha da Cecy?
À própria custa, aprendeu dura lição:
por que não devia habitar seres humanos,
maldade alguma havendo na sua gente...
Seu coração rejuntou daqui e dali
e eventualmente até aceitou, sem emoção,
casar com um de seus primos lituanos,
para uma tépida relação benevolente...
De vez em quando, de Tom até esquecia,
quando em seus voos pela noite se perdia!...
William Lagos
Tradutor e Poeta – lhwltg@alternet.com.br
Blog: www.wltradutorepoeta.blogspot.com
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