O MENINO SEM CABEÇA CAP 13
O MENINO SEM CABEÇA XIII – 14 dez 21
Ficou o vizir totalmente enfurecido:
“Majestade, isso não vai ficar assim!”
“Por que? Você pretende se vingar de mim?”
“Não, Majestade, mas deverá ser convencido
de que é importante manter condenações,
para manter o povo submisso!”
“De fato, não concordo mais com isso...”
“Como pôde assim mudar a sua opinião!?...”
“As minhas enxaquecas se curaram
e não pretendo mais matar ninguém...”
“Mas nem o intruso que nos invadiu também?”
“Os pergaminhos que trouxe me provaram
que era o filho de meu perdido irmão!...
Depois, não viu como tomou o seu café?
Só minha família esse costume tem até!
Não mais insista, ou irá para a prisão!...”
Rudolf adivinhara os pensamentos
do mau vizir e o chefe da guarda convocou:
“Caro Major, o Grão-vizir me ameaçou
e contra mim tem malignos intentos:
talvez queira até matar-me!” “Vou prendê-lo!”
“Não pode, crime algum não cometeu...”
“Mas tanta gente por sua causa morreu!”
“De qualquer forma, confio no seu zelo...”
“Se por acaso conseguir assassinar-me,
quero me preste o firme juramento
de colocar no trono, sem impedimento,
o meu sobrinho, que conseguiu achar-me.”
“Majestade, por certo eu jurarei,
mas não é melhor que seja impedido?”
“Caso seu crime seja cometido,
aja de acordo com o que lhe determinei!”
“O chefe da guarda ficou intrigado,
mas decidiu a ordenação cumprir.
Rudolf foi com o médico conduzir
o corpo do rei, do armário retirado,
vestido de novo com a real indumentária
e com sua própria cabeça no lugar;
sentaram-no no trono com vagar
e se esconderam em posição contrária.
Sentou-se o rei no trono, muito quieto;
ficou Rudolf atrás de um cortinado,
logo escutando a voz de algum soldado:
“O vizir se aproxima, bem secreto,
vamos prendê-lo!” “Não podemos,
que o rei me deu bem clara ordem:
não o posso prender só por desordem:
enquanto o rei viver, nada faremos!