Dois Caburé
Imagine dois caburé,
Um sentado no pé de café.
O outro encima do muro,
Comendo milho duro,
Numa noite de escuro.
Eita cabarés sem futuro!
Um tem o canto gemido,
O outro o canto sofrido.
De repete aparece a plateia,
Era uma enorme coméia.
Quando eles ouviram o sunido,
O milho no chão caído.
Os caburés saíram fugido,
Abelhas juntas são um perigo.
Os caburés foram embora,
Foram cantar no pé de amora.