Pipa no ar.
Pipa no ar...
Vem ventania e a leva acima do mar.
Quem sabe acima das nuvens.
Onde moram os anjos que também gostam de voar.
Com ela desenho pintura no fundo azul, ou no ar.
Quando o cinza aparece é hora de arrastá-la para a terra.
Não é medo da tempestade elétrica, mas da outra pipa dentada.
Conduzida por uma turma malvada.
Que querem minha linha cortar.
Sou esperto e finjo fugir, com piruetas me safo.
É como pilotar um avião na guerra.
Corta a força para um mergulho estratégico.
Mudo-a de direção enganando o inimigo.
E aqui está ela, sã e salva na palma da minha mão.
Antigamente eu mesmo fazia minhas pipas.
Aqui na cidade grande, se compra pronta.
Mas a rabióla e os detalhes do meu time de futebol escolhi.
E quero bater recordes de vôos no meio da guerra dos cortantes.
Onde não se sabe quem é mocinho e quem é bandido.
O que vale é brincar.
Mantendo a pipa colorida no ar.
Vermelho, amarelo e verde...
Matizes de infâncias que jamais serão esquecidas.
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