A GIRAFA E O LEÃO

A GIRAFA E O LEÃO

Majestosas de andar desengonçado

Chegando até cinco metros de altura !

São belas e impares em formosura,

Dóceis, meigas criaturas do cerrado.

Seu habitat são as savanas africanas

Seu peso chega até duas toneladas

Andam sempre juntas; em médias manadas

Dormem de pé para não serem caçadas.

P´ro sangue ao topo da cabeça chegar

De onze quilos seu enorme coração !

O cérebro parece ficar em outro andar...,

Por estar, três metros acima da emoção.

De quatorze meses é sua gestação

E de cada vez, apenas um filhote.

Se atacadas, o coice é sua salvação

Ou então, elas disparam num pinote!

Andam até cinqüenta quilômetros por hora

Apesar de terem andar gingado,

Por sua andadura ligeira... caiem fora

Do perigo que sempre está ao seu lado.

Para pastarem alguma vegetação

Ajoelham-se ou abrem as pernas da frente

Quando isso acontece para chegar ao chão..

Abrem as pernas exageradamente !

Apesar de seu grande comprimento

Seu pescoço por sete vértebras é formado.

As folhas e os frutos são seu alimento

Têm audição, visão e olfato apurado !

Seu inimigo feroz, mortal é o leão

Mas nesta história ele foi o derrotado !

Quando num grupo delas uma adoentada

Vai ser atacada pelo feroz vilão.

Perto do Saara, na savana africana,

Um grupo de dez ou vinte girafas

Alimentava-se de folhas de acácia

Um leão observava o grupo com perspicácia.

Entre elas, uma havia-se deitado

Procedimento nas girafas invulgar

Por isso o leão o grupo havia emboscado,

Para em seguida com ímpeto atacar,

Em louca fúria, pensou que presa faria...

Mas um imponente macho majestoso !

Quando o leão... sua mãe quase mordia,

Destemido, enfrentou o rei iroso.

Desferiu-lhe um tremendo coice, certeiro.

Qu´em questão de segundos... o leão, jazia.

O extremo final, o limite derradeiro

Seus miolos voaram por toda a pradaria.

Nem sempre a vitória é do mais forte

O leão nunca pensou ser superado...

Mas para tudo na vida, precisa sorte!

Às vezes o fraco é por Deus sublimado.

Armando A. C. Garcia

São Paulo, 05 de outubro de 2004

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 17/11/2005
Código do texto: T72744