O SABIÁ

O SABIÁ

Mal a aurora despontava

O sabiá já cantava

Bem do alto da amoreira

À tardinha retornava

P’ra cantar o trá-tá-tá

Que seu gorjeio entoava

Só quando a lua surgia

E o silêncio se ouvia

O sabiá se calava!

Mas mal ela se escondia ...

Rasgando as trevas, o dia

O sabiá retornava.

E seu siri-fririsi

O sabiá entoava

Em seus sonoros cantares

Com melodias diferentes

Como “piedade-sinhô “

A todos ele encantava

Até que um caçador

Maldoso o aprisionou

Colocou na gaiola

O sabiá, jamais cantou !...

Armando A. C. Garcia

São Paulo, 28/10/2004

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 17/11/2005
Código do texto: T72739