A MINHA RUA
Eu vejo a minha rua
A rua dos meus sonhos
Da calçada eu avistava a lua
Lua cheia, nova, minguante
No barco como viajante
O céu esplendor em plena noite nua
As casas da minha rua
Quase não existem mais
Mais não saem da minha lembrança
Os amiguinhos que conheci
Os momentos que nunca esqueci
Do meu tempo de criança
Não vejo mais as ribanceiras
Que ficavam em frente a minha casa
Em baixo dos Benjaminzeiros as brincadeiras
Brincadeiras de turiste e ronda mate
Da perna-de-pau nascia uma arte
Junto com piões e as baladeiras
No luar contava as estrelas
E os aparelhos que andavam no espaço
Disso tínhamos muita certeza
Pois ficavamos todos os dias a contar
O que ninguém conseguia nos explicar
Esses fatos vistos com tanta estranhesa.
A rua da frente de nome Crispim Lobo
Era a minha rua em Urucará
Que tempo tão amável e gostoso
Eu lembro muito desse lugar
Que me deu prazer de viver e sonhar
Momento feliz e prazeroso
Foi nessa rua que nasci
Fazendo coisas que jamais esqueci
Uma infância saudável eu vivi
Juntos com meus amigos e irmãos
Com muita saudade no coração
Desse período de vida muito feliz.
Salve os escritores e poetas
Viva a Poesia regional
Que de melhor não se tem igual
Em: 13/06/2020
Escritor e poeta urucaraense
Abeppa, diplomado,membro, cadeira 88.
Acadêmico e fundador da Alcama
Diplomado, Cadeira 23 imortal