Vamos tratar das galinhas?
Vamos tratar das galinhas? (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
O sol acabou de nascer.
Raios quentes invadem os galhos das árvores.
Uma pequena borboleta voa perto tronco,
Ela espera um lugar seguro onde possa pousar.
A brisa sopra lentamente,
Como se fosse um refresco para o imenso calor.
A abelha perdida revoa apressadamente,
Esqueceu de como voltar para a colmeia.
As galinhas descem suavemente das árvores.
As mais jovens vão primeiro,
Pois estão com um enorme apetite.
O galo, ainda preguiçoso, canta a última canção.
Bate as asas com forte impulso.
Parece a força de um urso.
Canta bem forte
Para Mariazinha, é sorte.
Vai debulhar o milho.
As espigas estão no balaio,
Porque o papai já cascou as espigas.
Calça a pequena sandália, aquela de bolinhas.
Sai correndo e gritando pelo pai.
Onde está a Mariquinha,
A galinha predileta.
Está na árvore,
Ainda não desceu.
Ainda de pijama,
Ela adentra no quintal.
As aves lhe saúdam com uma simples canção:
Cocoricó, cocoricó...
Vai ela debulhando o milho,
Conversando e chamando todas pelos nomes.
Umas cantam, estão de ovo.
O galo, ainda preguiçoso,
Chega bem perto da menina,
Quer dizer algo,
Um pequeno segredo.
Só ela entende,
Não tem medo.
Assim vai parte da manhã.
O pato chega rápido,
Vai comendo tudo pela frente.
O peru chega e abre as asas enormes.
Chiquinho, ainda jovem,
O pequeno porquinho chega apressado.
Espanta a galinhada, pois ele é guloso.
A menina sorri, joga mais milho e fala algo.
De repente, o cãozinho de estimação se aproxima.
É festa.
Após algum período,
Ela vai embora para tomar o café,
Com leite, broa, pão de queijo e pão com manteiga.
Distribui mais pedaços para o cachorrinho.