O VENDEDOR DE PICOLÉS

Cotidianamente segue

Aquele menino-rapaz

Sempre gritando “óia” o picolé

Gritando “óia” o picolé...

Depois de várias voltas

Pelas ruas da cidade,

Volta á tardinha para casa,

Muito cansado

Em seus bolsos,

Alguns trocados,

Em seu rosto uma,

Expressão de muita alegria,

Pois o sol, durante o dia,

Estivera muito quente,

Por isso mesmo o menino

Estava muito contente,

Afinal de contas, ele vendera picolés

Para Raimundo e todo mundo...

Outro dia,

Outra decepção

Tira-lhe a alegria

De seu coração,

Pois encontrou uma ‘’turminha’’

Que chupou todos os seus picolés,

E, ainda deu-lhe uma surra,

Acabando com toda a alegria que

Ele adquiria em dias anteriores...

Assim é a vida de muitos

Picolezeiro que vivem

Nestas cidades cruéis...

Rondonópolis, 27 de agosto de 1991.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 23/07/2020
Código do texto: T7014357
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