O balanço...
No começo a velocidade era pequena.
Pra cima e pra baixo.
Dava para sentir o vento e escutar a canção.
Quem me empurrava só queria ensinar...
Sentia-me seguro – não tinha medo de voar por cima do muro.
Lá do alto, por alguns segundos vi o mundo encantado do faz de conta.
Minha inocência tocava a vida da alegria.
Hoje que meu mestre se foi – a força do balanço vem dos meus pés.
É diferente; tudo ficou mais pesado.
Mal consigo o meio para sair do solo.
Nem mesmo fico com o olhar pra frente.
Vigiando minhas costas de certa gente.
Mas aquele carinho da infância bem balançado.
Virou amor cheio de esperança.
Livrou-me da ganância.
E dia destes, eu construirei meu sonho:
Soltar-me sobre o céu azul.
No meu próprio balanço...
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