O balanço...

No começo a velocidade era pequena.

Pra cima e pra baixo.

Dava para sentir o vento e escutar a canção.

Quem me empurrava só queria ensinar...

Sentia-me seguro – não tinha medo de voar por cima do muro.

Lá do alto, por alguns segundos vi o mundo encantado do faz de conta.

Minha inocência tocava a vida da alegria.

Hoje que meu mestre se foi – a força do balanço vem dos meus pés.

É diferente; tudo ficou mais pesado.

Mal consigo o meio para sair do solo.

Nem mesmo fico com o olhar pra frente.

Vigiando minhas costas de certa gente.

Mas aquele carinho da infância bem balançado.

Virou amor cheio de esperança.

Livrou-me da ganância.

E dia destes, eu construirei meu sonho:

Soltar-me sobre o céu azul.

No meu próprio balanço...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 05/10/2007
Reeditado em 05/10/2007
Código do texto: T681104