Fim de semana
Não é fácil ficar aqui,
Olhando para vários lados.
Não sei se estou perto de amigo,
Nem mesmo sei onde está o bicho papão.
Ele chega mansinho,
Devagar, bem devagarinho.
Os ramos balançam suaves
Penso serem algumas aves,
Cantando a última canção, do momento.
Os ramos aumentam com o vento,
Sinto o perigo, bem próximo.
Para alguns, isto é ótimo.
Curvo a cabeça em vários ângulos,
Gostaria de estar de escuro óculos.
Balanço a cabeça para cima,
Até mesmo para baixo.
Recuo o bico sob as asas
Está quente feito brasas.
Um pequeno piolho,
Acho que o peguei perto do canteiro de repolho,
Morde-me a todo instante,
Ele me incomoda bastante.
É fim de semana,
Ainda não pensaram me colocar na panela.
Será obra daquela magrela,
Que de mim não gosta.
Sempre ela pisa em minha bosta.
Vou preparar para correr,
Neste fim de semana, para ficar sem morrer.
Aqui é o campo, aqui é a fazenda.
Eles querem a renda
Do gado, do milho, do porco, da galinha.
Vou salvar a vida minha.