A ONÇA E O COELHO
Para Sofia, minha netinha
Eu vou contar uma história
Que ouvi do avô Armé
Ficou na minha memória
Para ele tiro o boné.
Era uma vez uma oncinha
Querendo pegar um coelho
Mas competência não tinha
Pois lhe doía o joelho.
Tentou correr atrás dele
Mas o danado era veloz
Dava um sufoco daquele
Deixando a onça pra trás.
Um dia ela bolou um plano
Que não podia falhar:
Fingir-se de morta sem dano
Para o coelhinho enganar.
Quando ele chegasse perto
Daria o bote fatal
Assim o coelhinho esperto
Não escaparia afinal.
Pulando, o coelhinho viu
A onça caída no chão
Será que esta morta? Riu,
Chegar perto não vou não.
Gritou de longe na troça:
Ela está viva e hiberna
Pois onça quando está morta
Três vezes sacode a perna
E a onça que era bobinha
Nessa conversa caiu
Sacudiu sua perninha
E o coelho astuto fugiu.
Esse truque tão exímio
Dá-nos uma lição de ouro:
Usar bem o raciocínio
É como ganhar um tesouro.