Era uma vez...

Uma família que tinha três filhos.

Braço, Perna e Barriga, são os nomes dados aos filhos do jovem casal.

Braço, um jovem raquítico e magricela, dos três era o mais magro, mesmo assim ele era muito trabalhador. Todos os dias bem cedo estava no “lavoro”. O trabalho era árduo e duro, mas jovem era forte e hábil, não desistia nunca de suas tarefas e também muito comprometido.

Perna, este também era cumpridor de seus comprometimentos e também muito trabalhador, ajudava no que fosse preciso para que sua família prosperasse e que todos tivessem um futuro melhor, não para serem ricos, mas que não precisassem ficar com pires nas mãos pedindo ajuda aos mais abastados.

Barriga, este jovem era grandão em relação aos seus irmãos. Trabalhava também, mas não era muito de honrar compromisso e, não se preocupava com o futuro, os pais de Barriga o tratavam de uma forma diferente em relação aos irmãos. Não deixavam que ele fosse para os trabalhos mais duros, também o mimavam, compravam para Barriga as melhores roupas e os melhores calçados, quando Barriga contraia dívidas estas eram pagas por seu pai e por sua mãe. Barriga levava uma vida de nababo. Gastava o soldo contraído com o trabalho de todos os familiares sem nunca prestar contas.

Pessoas que conviviam e viam os jovens no trabalho, lavrando a terra e plantando diziam que Perna e Braço pareciam à reencarnação de Hércules e Heitor.

Os pais diziam que Braço e Perna deveriam se virar no trabalho para carregar o Barriga e cumprir e honrar os compromissos dele por toda a vida.

E assim foi e é.

História contada por América Angélica em noite enluarada na beirada do crepitar do fogo do fogão de rabo, num pequenino sitio. Há muito tempos atrás.

Budgo
Enviado por Budgo em 03/02/2019
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