PROFESSORINHA

Ainda me lembro daquela professorinha

que entrava na sala sorrindo

falando sempre a mesma ladainha

como que a declamar um versinho.

Aquilo sim era sacerdócio

aguentava toda malcriação

pelo bem de seu ofício

e mal ganhava para o pão

Sempre carinhosa

ensinava a taboada

ensinava a prosa

fazia a conjugação

Sabia ser severa

mas nao perdia a ternura

era exigente sem perder a classe

conservava a alma pura.

Saudade daquela professora

que ajudou na formação

deu-me um rumo na vida

ensinando-me a oração.

Se hoje escrevo

fui por ela ensinado

doava-se sem medo

como um sonho realizado.

luiz fernando costa daher
Enviado por luiz fernando costa daher em 14/10/2005
Reeditado em 22/10/2005
Código do texto: T59716