- O Sapo Átila -
Fragmento de meu livro "O Gato Ludovico"
verídico
De Porto Alegre, a mudança,
Para o Rio de Janeiro,
Foi comboio de esperança
Que trouxe meu mundo inteiro!
Até Átila, o sapão,
Veio dentro de uma caixa,
Levado pro caminhão,
Quase que a mudança abaixa!
A caixa era furadinha
Pra que o ar pudesse entrar
E ele dar u'a espiadinha
Onde o estavam a levar!
E assim o sapo viajou
Acomodado, contente
E logo que aqui chegou
Saltou no colo da gente!
-'Não quis comer uma mosca!
Disse o homem da mudança
E a viagem foi bem tosca
Quase perdi a esperança!
Derramei-lhe água nas costas
Com um copo de papel,
Parecia aquelas postas
De bisteca ou de pastel!'"
-Que bom que ele chegou bem!
Disse eu ao carreteiro,
Seu carinho pelo sapo
Fez-me grata o tempo inteiro!
Soltei meu sapo querido
Que do calor se escondeu,
Passou um tempo escondido
Mas, com fome, apareceu!
Noite, hora do jantar,
Ouviu-se à porta batidas,
Nada havia no lugar,
Não se avistou viva vida!
Mas lá na porta, ao sopapo,
Tentando aos pulos entrar
Estava Átila, o sapo,
Seu nariz a amassar!
Pulava e batia no vidro
Que atravessar não podia,
E 'que mistério era esse'?
O pobre não entendia!
Abrimos, ele entrou,
Ração de gato lhe dei,
Acreditem que gostou?
Olhem só o que criei!
Daí, toda noite vinha
Na porta de vidro bater,
E aos saltos ele batia
Fazendo o nariz sofrer!
Mas nem ligava, sabia
Que alguém viria atender
E que alimento haveria
Pra seu barrigão encher!
Essa é a história do arteiro
Gorducho que vive assim:
Dormindo o dia inteiro
Nalgum canto do jardim!
E para que você creia
E acreditará, aposto,
Mesmo de aparência feia
Sapo é o bicho que mais gosto!
verídica
Elischa Dewes
Fragmento de meu livro "O Gato Ludovico"
verídico
De Porto Alegre, a mudança,
Para o Rio de Janeiro,
Foi comboio de esperança
Que trouxe meu mundo inteiro!
Até Átila, o sapão,
Veio dentro de uma caixa,
Levado pro caminhão,
Quase que a mudança abaixa!
A caixa era furadinha
Pra que o ar pudesse entrar
E ele dar u'a espiadinha
Onde o estavam a levar!
E assim o sapo viajou
Acomodado, contente
E logo que aqui chegou
Saltou no colo da gente!
-'Não quis comer uma mosca!
Disse o homem da mudança
E a viagem foi bem tosca
Quase perdi a esperança!
Derramei-lhe água nas costas
Com um copo de papel,
Parecia aquelas postas
De bisteca ou de pastel!'"
-Que bom que ele chegou bem!
Disse eu ao carreteiro,
Seu carinho pelo sapo
Fez-me grata o tempo inteiro!
Soltei meu sapo querido
Que do calor se escondeu,
Passou um tempo escondido
Mas, com fome, apareceu!
Noite, hora do jantar,
Ouviu-se à porta batidas,
Nada havia no lugar,
Não se avistou viva vida!
Mas lá na porta, ao sopapo,
Tentando aos pulos entrar
Estava Átila, o sapo,
Seu nariz a amassar!
Pulava e batia no vidro
Que atravessar não podia,
E 'que mistério era esse'?
O pobre não entendia!
Abrimos, ele entrou,
Ração de gato lhe dei,
Acreditem que gostou?
Olhem só o que criei!
Daí, toda noite vinha
Na porta de vidro bater,
E aos saltos ele batia
Fazendo o nariz sofrer!
Mas nem ligava, sabia
Que alguém viria atender
E que alimento haveria
Pra seu barrigão encher!
Essa é a história do arteiro
Gorducho que vive assim:
Dormindo o dia inteiro
Nalgum canto do jardim!
E para que você creia
E acreditará, aposto,
Mesmo de aparência feia
Sapo é o bicho que mais gosto!
verídica
Elischa Dewes