CIDADE DE PAPEL
De papel e fantasia
A cidade era habitada,
De sonhos ou passarada
E alguma ironia.
Eram prédios em movimento
E para dar seu sustento:
Trinta e três casas da moeda.
Eram frias em vergê,
Monocrômicas qual purê,
Sem buracos pra evitar quedas.
Tinha homens bonecos,
Cervejas em canecos
E alguma condução.
Com cuidados importantes:
Serviços de auto-falantes
Pra avisar brisas em furacão.
Pois depois de tanto trabalho,
Dos tetos aos assoalhos,
Não se pensa em destruição.