PALHACINHO E O GUARDA-CHUVA
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Maria de Fatima Delfina de Moraes
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Ah, o guarda-chuva!
Quanto encanto para brincar,
sentindo-se no picadeiro,
o menino podia sonhar...
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Imaginava-se palhaço,
mágico, trapezista,
mas nada encantava tanto
como o palhaço equilibrista...
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E de repente, uma tristeza:
tinha medo de altura...
E agora o que fazer?
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Olhando a mureta do parquinho,
num dia de chuva, o menino subiu...
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Imaginou-se no circo
– um palhacinho equilibrista...
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As perninhas tremiam,
o coração palpitava,
mas imaginando a plateia
que com ele se encantava
perdeu o medo de altura...
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Agradeço a belisima interação do amigo poeta Jacó Filho
A MAGIA DO CIRCO – (Reedição)
Jacó Filho
Quando piso no tablado, Deus assume,
E sinto por todos, suas dores e prantos...
Cada anseio e sonho, que num encanto,
Transmuto em risos, alegria e perfume...
Vivo dum palhaço, suas competências,
Fazendo desta sina, instrumento capaz,
De trazer ao mundo, dum modo eficaz,
Alegrias e sonhos, sem ferir inocências...
Devolvo às crianças o que elas trazem,
Lembranças remotas de tempos alados,
Quando eram anjos remidos de pecado...
Revivo nos adultos o que pouco fazem...
Voltar à infância sem um grande fardo...
A magia do circo é de Deus, um legado...