O HOMEM E A IGNORANCIA

Vivia viajando

Era livre e feliz

Mas veio um sujeito

E fez o que quis

Pensava ser esperto

Talvez não tivesse maldade

Mas sem dar importância

Trancou-me atrás das grades

Eu perdi minha família

Tristonho parei de cantar

Mas sem poder fugir

Pus-me observar

Eu pequenino e muito frágil

Contentei-me com o que tinha

Sem ter mais o que fazer

Cantei para alegrar uma menina

Seus cabelos cacheados

Lembrava-me o meu ninho

Em seus olhos azuis

Me via no céu azulzinho

O pai da menininha

Andava desassossegado

Pobre humano esquisito

Que pensa ser sensato

Mas os dias se passaram

Não vi mais o tal pela casa

Por acaso descobrir

Que agora era ele quem estava numa jaula

PRISCILA AFONSO
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 16/07/2016
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